Repórter da Agência Brasil
Brasília - O decreto 7.061/2009, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 30 de dezembro, estabelece a cota mínima de dois filmes brasileiros diferentes e 28 dias de exibição nos complexos comerciais de cinema em 2010. ACota de Tela é regulamentada pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) etem como objetivo promover a auto-sustentabilidade da indústria e oaumento da produção cinematográfica. Nos últimos três anos, aobrigatoriedade da cota de exibição também foi fixada em 28 dias.Ementrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, o diretor daAncine, Mário Diamante, disse que a cota de tela é sem dúvida aprincipal ferramenta para ajudar na expansão do cinema brasileiro. Eleressaltou que é interessante a agência ter mantido essa estabilidade por criar condições de planejamento para as empresas exibidoras e distribuidoras.“Agente tem mantido a estabilidade, com bons resultados, porque tempermitido às empresas exibidoras e distribuidoras maior capacidade de planejamento. Essa é a grande característica hojeda política pública audiovisual, a continuidade e a estabilidade decondições para o planejamento. De certa forma, o queestá sendo feito hoje é o que os estúdios norte-americanos fazem, porisso que eles já planejam com longo prazo o lançamento dos seusfilmes”, afirmou.A obrigatoriedade abrange as empresasproprietárias, locatárias ou arrendatárias de salas pertencentes àmesma empresa exibidora e que integrem espaços ou locais de exibiçãopública comercial localizados em um mesmo complexo.O número dedias e filmes diferentes exibidos varia de acordo com a quantidade desalas em cada complexo. Grandes complexos com vinte salas, por exemplo,terão uma cota de 64 dias e exibirão até 11 filmes distintos.