Programa Minha Casa, Minha Vida fecha ano longe da meta de 1 milhão de unidades

24/12/2009 - 12h52

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O programa MinhaCasa, Minha Vida, que neste ano ainda está longe da meta de 1 milhãode casas, deve deslanchar em 2010, segundo expectativa do ministrodas Cidades, Marcio Fortes. A meta é para o final do próximo ano.Para o ministro, a fase inicial do programa foi mais lentadevido à necessidade de reprogramação das empresas da construçãocivil quanto à logística para atender a cidades do interior e amudanças em projetos para construção de casas para as famíliascom renda de até três salários mínimos. Márcio Forteslembra ainda que foi preciso negociação entre prefeitos egovernadores e o Poder Legislativo municipal para que fosseautorizada a doação de terrenos, entre outros ajustes. No caso daCaixa Econômica Federal, gestora do programa, foi necessário criaruma estrutura para agilizar a aprovação de projetos dasconstrutoras. Além disso, ressaltou o ministro, o momento inicial debaixar normativos já foi vencido. Conforme dados doministério, até o dia 14 deste mês, foram enviadas à Caixapropostas referentes a 595.657 unidades habitacionais, o querepresenta R$ 38,8 bilhões de investimentos. Desse total deunidades, 220.428 foram contratadas – 132.125 para a faixa de rendade até três salários mínimos, 71.071 para a faixa de três a seise 17.232 para a faixa de seis a dez. O Centro-Oeste foia região que concluiu a maior parte da meta. A previsão é de 69.785 unidades ea região já atingiu 37,1% do total. O Sul ficou em em segundo lugar,com a conclusão de 34,5% do total previsto de 120.017. No Sudeste,foram cumpridos 20,2% de 363.984. O Nordeste chegou a 20,6% da metade 343.197 unidades. O Norte, por fim, cumpriu 8,4% da meta de103.018 habitações. Segundo o ministro,a diferença entre as regiões depende “muito da agilidade deprefeitos e governadores em organizar cadastros, liberar terras emobilizar as empresas”, argumenta. O presidente da CâmaraBrasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Paulo SafadySimão, afirma que o setor da construção civil está motivado,apesar de a contração de projetos ainda estar lenta. “A Caixaestá ampliando os quadros [de funcionários que vão trabalhar naanálise e aprovação de projetos]”, informa Simão. Apesardisso, ele destaca que há estados, como o Maranhão, que jácumpriram a meta de projetos. “Em janeiro, haverá uma avaliaçãodo programa e pode haver remanejamento nas metas entre os estados.”