Não há "bola dividida" no governo em articulações internacionais, diz Garcia

21/10/2009 - 14h03

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apontado como “chanceler do B” numa alusão ao fato de atuar emnegociações de política externa paralelamente ao ministro deRelações Exteriores, Celso Amorim, o assessor especial paraAssuntos Internacionais da Presidência da República, Marco AurélioGarcia, negou que entre choque com o colega de governo ou que façasombra a ele. Em entrevista exclusiva à TV Brasil,Garcia afirmou que “não há bola dividida” com o Itamaraty nemcom Amorim. “Não há bola dividida. A formulação geral é sempredo presidente da República. Nós temos uma diplomacia qualificada.Não haveria razão para ter um chanceler do ‘B’. Esta função[desempenhada por ele] sempre existiu”, disse.Aentrevista completa de Garcia foi concedida ao programa 3 a 1,da TV Brasil, que irá ao ar hoje (21), às 23h. O assessorfoi entrevistado pelos jornalistas Helena Chagas, diretora deJornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Roberto Maltchik, repórter da TVBrasil, e Eliane Cantanhêde, colunista do jornal Folha deS.Paulo.Filiado ao PT e amigodo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Garcia tomou a frente emvárias negociações políticas e econômicas emblemáticasenvolvendo o Brasil. Foi um dos responsáveis pelas articulaçõessobre a nova avaliação de repasses relativos à hidrelétrica deItaipu, à libertação de reféns mantidos pelas ForçasArmadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e recentemente a crise emHonduras.