Brasil gostaria que os EUA cumprissem decisão da OMC voluntariamente, diz Barral

01/09/2009 - 20h10

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil gostaria que os Estados Unidos reconhecessem a decisão daOrganização Mundial do Comércio (OMC), no contencioso sobre ossubsídios norte-americanos ao algodão, e cumprissem a decisãovoluntariamente.A afirmação foi feita hoje (1º) pelo secretáriode Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, ao comentara pergunta sobre a possível retaliação brasileira em caso de os EUAnão acatarem a arbitragem da OMC.Barral disse que a suspensão dos subsídios ao algodão dos EUA não tem caráter depunição. “O que o Brasil pretende, tão somente, é o cumprimento de umdireito assegurado pela OMC. O objetivo é levar o país que perdeu adisputa a cumprir a decisão”, afirmou.AFederação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nota,no início da noite, na qual assegura que a adoção de retaliações éconsequência natural do não cumprimento da determinação da OMC. Masespera que o governo norte-americano se adeque à arbitragem daquelaentidade de direito comercial e “evite a deterioração da excelenterelação comercial entre os dois países”.No comunicado, opresidente da Fiesp, Paulo Skaf, lembra que o objetivo principal dadecisão da OMC é fazer com que os Estados Unidos “respeitem seuscompromissos com as regras internacionais”, acatando as determinaçõesda organização. A retaliação, segundo ele, “é apenas um instrumento para fazervaler o bom senso no comércio internacional”.