Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A disposiçãodeclarada pela psicóloga Rozângela Alves Justino decontinuar a oferecer terapia para cura do homossexualismo masculinoe feminino poderá lhe render punições maisgraves do que a censura pública aplicada hoje (31) pelo ConselhoFederal de Psicologia (CFP).Segundo o presidente doCFP, Humberto Verona, a censura pública será exposta no Diário Oficial da União e em publicações regionais depsicologia para notificar a sociedade do comportamento indevido daprofissional, que está, em tese, proibida de manter esse tipo de conduta.“Ela [Rozângela]foi condenada por este tribunal de ética a não maisreincidir na prática. Havendo reinserção naprática, terá que arcar com todas as consequênciaspossíveis”, disse Verona, se referindo às penalidadesdisciplinares de suspensão do exercício profissionalpor 30 dias ou de cassação do registro, mais graves doque a censura pública. Tais penalidade poderiam ser aplicadasem um novo processo ético movido por denunciantes.“Pela lógica,se ela teve uma censura pública, que é a terceira emgravidade, num processo provavelmente a pena será mais grave doque esta”, confirmou Verona.O CFP esclareceu quepsicológos não podem sugerir modificaçãoda orientação homoafetiva do cidadão nemoferecer tratamento para tal. Mesmo se procurados por clientes emsofrimento psíquico decorrentes de sua opçãosexual, os psicólogos não podem prometer cura.“Eles podem ouvir osofrimento e ajudar a pessoa a superar, através de um terapiade aceitação ou de acolhimento”, assinalou Verona. Advogados de RozângelaMuniz vão recorrer à Justiça Federal contra adecisão do CFP, sob o argumento de que a cliente foi vítimade constrangimento, humilhação e intimidação.