Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Tribunal SuperiorEleitoral decidiu hoje (12) rejeitar o pedido do Ministério PúblicoEleitoral (MPE) de cassação do governador do Amapá,Waldez Góes (PDT). Os ministros seguiram entendimento dorelator, Fernando Gonçalves, para quem as acusaçõescontra Góes por uso eleitoral da máquina públicana campanha, na qual se reelegeu governador, eram infundadas. O MPE alegava que Góes“utilizou amplamente a máquina estadual na campanhaeleitoral visando sua reeleição ao cargo de governador”nas eleições 2006. Ele teria determinado aoscomandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e, também, aosecretário especial de Segurança, em umareunião, que pedissem os votos dos soldados das corporaçõespara a sua reeleição. Logo, segundo o MPE, teria deser cassado por abuso do poder político e econômico aoutilizar funcionários, bens e órgãos públicosem seu favor.A defesa dogovernador, por sua vez, ressaltou que a reunião citada peloMPF ocorreu numa sexta-feira fora do horário de expediente eque o encontro era uma oportunidade para todos conhecerem asações da administração, se assimdesejassem. Para a defesa, não ficou caracterizada a práticade improbidade administrativa que justificasse cassaçãopor abuso de poder.Este ano o TSE já cassou os mandatos dos governadores eleitos em 2006 na Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e no Maranhão, Jackson Lago (PDT), ambos por abuso de poder durante a campanha. Na Paraíba, assumiu o ex-senador José Maranhão (PMDB) e no Maranhão, a ex-senadora Roseana Sarney (PMDB).