Proposta de reforma administrativa do Senado é bem recebida por senadores da base

12/05/2009 - 21h37

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A proposta de reforma administrativa do Senado, apresentada hoje (12)pela Fundação Getulio Vargas, foi recebida pelos senadores JarbasVasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS) como um primeiro passopara a solução dos problemas da Casa. Mas, para ambos, elas ainda nãoresolverão os principais gargalos da instituição. Vasconcelos avaliou que as medidasapresentadas são insuficientes para resolver todas as mazelas doSenado. “É um passo importante, mas não resolve não”, disse. “É umaintenção de procurar corrigir um mundo de confusões e de atalhosexistentes no Senado. Aqui, está cheio de atalhos. Atalhos paraterceirizados, para diretorias. É preciso construir estradastransparentes, disse.Para o senador pernambucano, as medidas,mesmo que insuficientes, deveriam ser adotadas de imediato. “Não dápara ficar dizendo que é daqui a 30, 60 dias”, afirmou.Vasconcelos ponderou, no entanto, dizendo que os problemas existem há váriosanos e não poderão ser resolvidos “de afogadilho, do dia para noite”. JáPedro Simon (PMDB-RS), acredita que reforma administrativa “podeencaminhar, mas não resolver”. “Temos que fazer mudanças profundas enecessárias. O Senado não pode funcionar na terça à tarde, quarta o dia todo e quinta pela manhã, além do problema [do excesso] das medidas provisórias”, argumentou. Opeemedebista gaúcho também sugeriu que medidas teriam que ser tomadasimediatamente. “Essa questão dos contratos [terceirizados], o queexiste ou não de ilegal, são medidas que temos que tomar [agora]",afirmou. Segundo Gilnei Mourão Teixeira, um dos diretoresresponsáveis pelo estudo presentado pela Fundação Getulio Vargas, asmedidas não apresentam alterações significativas nas despesas do Senadocom o pagamento de funções comissionadas e dos chamados cargos deprovimento em comissão.A proposta da FGV sugere, porexemplo, que secretarias sejam transformadas em departamentos. Naprática, os atuais secretários perdem o status, mas preservam osproventos. “São mantidos os salários, mas se perde o status. A reduçãode despesa é muito pouca , não é significativa”, disse Gilnei Mourão.