Da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Saúde anunciou hoje (26) que é um dos financiadores da pesquisa que resultou na primeira linhagem de células-tronco pluripotentes induzidas. Essas células são capazes de se transformar em qualquer outro tipo de tecido humano.O estudo, divulgado no último sábado (24), foi coordenado pelo neurocientista do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Stevens Rehen e pelo biomédico do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Martin Bonamino.
Durante a pesquisa foram retiradas células de rim humano e reprogramadas com o auxílio de um vírus produzido pelo Inca. Com o domínio dessa técnica, o Brasil garante o desenvolvimento de estudos inéditos na cura de doenças como Parkinson, esquizofrenia e Síndrome de Down.
Financiando pesquisas como essa, o país passa a ser o quinto na produção de células-tronco pluripotentes induzidas, ficando atrás somente do Japão, Estados Unidos, Alemanha e China.
O investimento do ministério em 2009 será de R$ 3 milhões para a continuidade da pesquisa. Rehen ressaltou a importância do financiamento para a descoberta.
“O financiamento do Ministério foi crucial. Com a primeira chamada para pesquisas na área de terapia celular, puderam ser adquiridos vários equipamentos de laboratório, reagentes, além de investimentos na montagem de equipe”, disse o neurocientista.
Com o objetivo de estimular o uso da técnica por outros laboratórios, os pesquisadores publicaram a metodologia utilizada no site da UFRJ.