Tião Viana conta com votos de dissidentes na eleição para Presidência do Senado

26/01/2009 - 17h21

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O voto secreto dos senadores é uma das armas que o petista Tião Viana conta para conseguir os 41 votos necessários à sua eleição para a Presidência do Senado. Sem abrir sua estratégia nesta reta final de campanha, Viana diz contabilizar de 5 a 7 votos no PMDB, que deve oficializar na quarta-feira (28) a candidatura de José Sarney (AP) para suceder Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).Tião Viana aposta, também, em votos de dissidentes do Democratas (DEM) e do PTB que não vê com “simpatia” a candidatura do petista.”O voto secreto é um elemento favorável para aqueles que por alguma razão não querem expor sua decisão. Acredito, por exemplo, que tenho de 5 a 7 votos do PMDB e votos no DEM e no PTB que hoje não está simpático a minha candidatura”, afirmou.Amanhã (27), Viana reúne-se com o presidente do PSDB e o líder tucano no Senado, Sérgio Guerra (PE) e Arthur Virgílio Neto (AM), respectivamente, para tentar atrair os 13 senadores da bancada. Hoje, o petista conta, oficialmente, com o apoio de seis partidos – PT, PSB, PR, P-SOL, PRB e PDT – que somam 26 senadores.No PMDB, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, disse que a única dissidência da bancada que conhece é a de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) que já anunciou seu voto ao candidato petista. " Eu acho muito pouco provável que exista uma dissidência desse tamanho hoje, amanhã, ou até o dia da eleição no PMDB com relação à candidatura de José Sarney. Eu acho que se ele [Tião Viana] estiver colocando esses votos na conta dele a conta vai dar errada", disse. Segundo o peemedebista, o próprio Sarney já fez “consultas informais” aos colegas de bancada sobre um apoio a sua eventual candidatura. No DEM, o líder José Agripino Maia (RN) afirma desconhecer qualquer pretensão de voto à Tião Viana. Na quinta-feira (29) ele reúne a bancada “para ouvir os senadores e traçar um quadro real” da disputa. A bancada do partido é de 13 senadoresO democrata negou qualquer oferta de cargos feita por José Sarney em troca de apoio do partido a sua eleição. “O que nós queremos é o respeito a proporcionalidade partidária. Queremos o que é de nosso direito”, afirmou. Nesta legislatura o DEM preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais estratégicas da Casa, e a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.