Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje(13), em Milão, na Itália, que a economia brasileiravai crescer mais de 3,5% no ano que vem, “independente dos impactosda diminuição do crédito internacional”. Aafirmação do ministro foi feita em semináriointernacional, promovido pela prefeitura e pela Câmara deComércio de Milão. Paulo Bernardo falou sobre ossistemas de infra-estrutura e fatores de integração edesenvolvimento na América Latina. Segundo aassessoria de imprensa do ministério, o ministro fez um relatodas medidas adotadas pelo governo brasileiro para enfrentar arecessão mundial, em especial quanto à garantia delinhas de crédito internas para viabilizar as exportações.Paulo Bernardo disse aos empresários italianos que osefeitos da crise na economia brasileira “ainda são pequenose restritos ao mercado de crédito e à bolsa devalores”. Como exemplo, ele citou a expansão de 6,7% daindústria, nos 12 meses terminados em setembro, e a geraçãode mais de 2 milhões de empregos neste ano. O ministrofalou também das medidas adotadas com vistas a evitar a fortevolatilidade (oscilação) do câmbio e a facilitara aquisição de pequenos e médios bancos com altaexposição a crédito. “Acreditamos que,independente dos impactos da diminuição do créditointernacional, o Brasil tem garantido um crescimento acima de 3,5%para 2009”, disse Paulo Bernardo. Ele enfatizou que osinvestimentos para os empreendimentos em infra-estrutura do Programade Aceleração do Crescimento (PAC) “estãopreservados”. Aos empresários italianos, PauloBernardo disse que o PAC é “uma agenda prioritáriapara o Brasil”, e funcionará, em 2009, como uma espéciede âncora para evitar que haja um grande recuo da economia.“Entendemos que é missão do governo minimizar osefeitos da crise mundial, e o PAC terá papel fundamental nessesentido.”O ministro destacou, ainda, os investimentos emtransporte, e destacou os estudos para implantação dotrem de alta velocidade Rio de Janeiro-São Paulo-Campinas, quetem atraído o interesse de investidores europeus. Bernardoreforçou a disposição do governo brasileiro empoder contar com a experiência do empresariado italiano noempreendimento.