Mylena Fiori
Enviada Especial
Washington (Estados Unidos) - Apesar da baixaexpectativa geral quanto ao primeiro encontro de chefes de Estado doG20 financeiro – que reúne 19 grandes economiasdesenvolvidas e emergentes mais a União Européia -, oanfitrião do encontro espera que seja possível, aomenos, estabelecer as bases para reformas que ajudarão aprevenir futuramente crises como a atual.“Diferentes paísesnaturalmente trarão diferentes perspectivas, mas háalguns pontos nos quais podemos concordar”, disse o presidentenorte-americano, George W. Bush, hoje (13), em Nova York.A simples convocaçãodo inédito encontro por Bush já é considerado,pelos emergentes, um avanço e um reconhecimento de que o G8,sozinho, já não é capaz de definir os rumos daeconomia mundial. Hoje, Bush reconheceu, inclusive, que novas cúpulasampliadas serão necessárias. “As questõessão complexas, o problema é importante demais paratentarmos resolver ou chegarmos a recomendaçõessensatas em apenas um encontro. Assim, a cúpula será aprimeira de um série de cúpulas”, destacou Bush. Segundo ele, nas duassessões de debates marcadas para o próximo sábado(15) os chefes de Estado focarão cinco questões-chave.A causa da crise global é a primeira delas. Assim como osministros de economia e os presidentes de bancos centrais do G20financeiro, reunidos no final de semana passado em São Paulo,os líderes farão uma análise da efetividade dasações adotadas em resposta à crise atéagora. Também tentarão desenvolver os princípiospara a reforma dos sistemas financeiro e regulatório elançarão um plano de ação paraimplementação de tais princípios. Por fim,reafirmarão sua convicção nos princípiosdo livre-mercado.O presidente LuizInácio Lula da Silva chega agora à noite a Washingtonpara participar da cúpula. Amanhã (14), vésperada reunião, terá encontros bilaterais com osprimeiros-ministros da Austrália, Kevin Rudd, do Japão,Taro Aso, e do Reino Unido, Gordon Brown, e com a presidente daArgentina, Cristina Kirchner. Também se reunirá comlíderes sindicais. À noite, participará dejantar na Casa Branca, oferecido pelo presidente Bush aos chefes dedelegação.