Manifestantes defendem em Brasília fim do imposto sindical

11/11/2008 - 18h48

Da Agência Brasil

Brasília - As recentes medidasimplementadas pelo governo federal com o objetivo de atrelar ossindicatos e movimentos sociais ao Estado foi tema de protesto hoje(11) na Esplanada dos Ministérios.Durante toda a manhã,cerca de 1,5 mil professores e estudantes de instituiçõessuperiores, servidores públicos e trabalhadores rurais mobilizaram-se em frente aos Ministérios do Planejamento e doTrabalho e Emprego em defesa da liberdade de organização eda autonomia sindical.Eles pediram o fim da cobrança do imposto sindical para servidores públicos e protestataram contra a suspensão do registro do SindicatoNacional dos Docentes das Instituições de EnsinoSuperior (Andes-SN) e contra a PLP 92 que cria as fundaçõesestatais de direito privado. O ato público também defendeu melhorias nosserviços públicos e os direitos sociais dos estudantes etrabalhadores da cidade e do campo.O registro sindical do Andes-SN foi suspensoquatro meses após ser aprovado no Supremo Tribunal Federal(STF), quando deixou de ser , reconhecido peloMinistério do Planejamento. "Achamos que foi uma medidaimotivada já que o STF garantiu que o Andes tinha o direito deexistir. Foi uma decisão administrativa arbitrária queestá nos causando muitos problemas. Queremos que o sindicatoseja respeitado e recebido pelo governo. Queremos que nossa pauta dereputação seja discutida de maneira democráticae efetiva", disse um dos dirigente do Andes-SN, JoséVitório Zago.O fim do imposto sindical para os funcionáriospúblicos também é uma das prioridades domovimento. "Achamos que os sindicatos devem ser sustentados porcontribuições voluntárias dos sindicalizados enão por contribuições compulsóriasrecolhidas pelo Estado", acredita Zago.Em relação a criação da PLP 92, osmanifestantes acreditam que a medida vai prejudicar principalmenteas áreas de saúde e educação. "Éuma medida que vai aprofundar a privatização dessessetores com a conseqüente precarização das condiçõesde trabalho, gerando um atendimento piorado para a populaçãoque vai ter que pagar pelos serviços", critica omanifestante.Os manifestantes, que não conseguiram ser recebidos no Ministério doPlanejamento, seguiram para o Ministério do Trabalho e Emprego, onde encontraram com chefe da pasta, ministro Carlos Lupi, que chegava ao local naquele momento.O ato foi organizado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituiçõesde Ensino Superior (Andes-SN), Conlutas, Intersindical, CoordenaçãoNacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais(Cnesf), Frente de Luta contra a Reforma Universitária, ViaCampesina, Movimento Terra e Liberdade (MTL) e Associaçãodos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc).