Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Câmara dos Deputados terminou o semestre legislativo nasemana passada com mais da metade das sessões trancadas por medidas provisórias. As opiniões de líderes partidários sobre a produtividade daCasa nesse período divergem. O recesso parlamentar começou oficialmente no dia 18 e deveterminar no dia 31 de julho, uma quinta-feira. Com isso, os parlamentares sódevem voltar ao trabalho na segunda-feira (4).O líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), defendeuque o semestre foi positivo, mas admitiu que poderia ter sido melhor e destacoualgumas matérias aprovadas pelos deputados."Avançamos na discussão da reforma tributária, nadiscussão da nova regra de procedimento das MPs [medidas provisórias],na pauta de combate à violência. [A Câmara] aprovou a guardacompartilhada, aprovou também algumas matérias que têm alcance para asociedade, caso da Lei Seca no Trânsito", disse.Já o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto(BA), considerou que o semestre teve baixa produtividade. "Acho que foi umdos piores semestres de trabalho legislativo em toda a história do CongressoNacional. Nós nada fizemos, só votamos medidas provisórias, acho que o governoabusou do número de MPs que editou e a Casa não soube reagir colocando umbasta", afirmou.O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), defendeu que a Casa conseguiu aprovar matérias importantes, entre elas a lei conhecidacomo Lei Seca. "Na MP que apenas regulamentava a venda de bebidasalcoólicas, foi a Câmara que, na reunião do colégio de líderes, decidiu que aquiloque é hoje identificado como lei seca entraria na MP", destacou.No dia 4 de agosto, já está marcada uma sessãoextraordinária para começar a votação de medidas provisórias que trancam apauta da Casa, entre elas está a medida que reajusta o salário de servidorespúblicos federais. O texto principal já foi votado, mas os deputados precisamconcluir a votação dos destaques à medida.