Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Hospital do Fundão, da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ), que participará do mutirãode cirurgias Operação Sorriso do Brasil para correção de fissura labial e dopalato, em agosto, já realiza rotineiramente o Projeto Fendas,para tratamento de más formações congênitas.O projeto é de responsabilidade dasubdivisão do Serviço de Cirurgia Plástica.Segundo o coordenador do projeto Fendas, o cirurgião plásticoDiogo Franco, os pacientes são operados com recursos doSistema Único de Saúde (SUS), ao longo de todo o ano. Já no mutirão da OperaçãoSorriso do Brasil, os recursos vêm de doações.“Durante a Operação Sorriso, eles vão seragraciados com cirurgias feitas com equipamento, instrumental ematerial que vêm de doações. A gente usa ohospital basicamente como local para efetuar as cirurgias. Mas todo omaterial, tudo que é utilizado, vem de doaçõesque são conseguidas pela Operação Sorriso”,explicou Franco, que é voluntário da OperaçãoSorriso do Brasil desde o ano 2000. Os pacientes atendidos no Projeto Fendas são,em sua grande maioria, crianças de comunidades carentes. “Emgeral, são pessoas que não têm nenhuma condiçãode atendimento. Por isso, inclusive, é que a gente encontrapacientes de várias idades, até adultos, que nuncaforam operados. Se não fossem iniciativas como as da Operaçãosorriso, eles ficariam ainda mais tempo sem tratamento”, relatou.Franco explicou que a solução para oproblema das fissuras, também conhecidas como fendas, nãose resume à operação cirúrgica. “Acirurgia é o ponto principal do tratamento, porque reverteaquela situação. A partir daí, o paciente temque continuar com o tratamento”, disse.O Projeto Fendas realiza cerca de 20 operaçõesde fendas da face por mês e atende entre 60 a 80 pessoasmensalmente para o tratamento pós-cirúrgico, queenvolve especialidades como odontologia, fonoaudiologia efisioterapia.