Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo vai criar2.400 cargos nos ministérios da área social. Ainformação é do secretário de Gestãodo Ministério do Planejamento, Marcelo Moraes. De acordo com osecretário, os ministérios ainda traçarãoo perfil dos profissionais que precisam e o governo abriráconcurso público para suprir essas áreas. A data daabertura do concurso ainda não está definida, masMoraes salientou que a demanda pela implementação dosprogramas sociais do governo é urgente e há carênciade profissionais adequados para a efetiva aplicação daspolíticas sociais. De acordo com osecretário, a falta de quadros qualificados na áreasocial é provocada por uma "falta histórica deinvestimentos do Estado brasileiro" nesta área. "No Brasil vamossempre precisar de profissionais na área social, porque afalta de investimento nesse setor é centenária. Éhistórica a ausência social do Estado na áreasocial", destacou.Marcelo Moraes disseque com Programa de Aceleração do Crescimento Social(PAC Social) o governo prevê a criação dacarreira social, que criará 2.400 cargos. “O objetivo épovoar os ministérios responsáveis pela implementaçãodas políticas sociais do governo com profissionaisqualificados. Cada ministério definirá o perfil doprofissional que eles precisam e o governo abrirá concursopara o preenchimento das vagas".O PAC Social englobaprogramas já lançados pelo governo federal e outros queainda serão lançados. Entre as ações jápropostas estão o Plano de Desenvolvimento da Educação(PDE), o Programa Nacional de Segurança com Cidadania(Pronasci), do Ministério da Justiça, o Mais Cultura,do Ministério da Cultura, além dos programas que dãosustentação ao Bolsa Família, desenvolvidos peloMinistério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.Há ainda os programas vinculados às secretariasespeciais da Presidência da República.A criaçãodos cargos, de acordo com Moraes, é uma das açõesdo governo com o intuito de qualificar melhor o serviçoprestado. Na mesma linha, o governo criou 600 cargos para a áreade infra-estrutura. "Para essa área,já realizamos a primeira fase do concurso", informou.Sem ainda dimensionar oimpacto da criação desses cargos sobre as contas dogoverno, Moraes ressaltou que o custo compensa. "No final dascontas, sempre compensa ter uma máquina trabalhando bem eprestando um serviço de qualidade para a população",afirmou.Outra estratégiado governo para profissionalizar o serviço prestado, de acordocom o secretário, é o de transformar parte dos cargosde Direção de Assessoramento Superior (DAS) em FunçãoComissionada do Poder Executivo (FCPE). Na quinta-feira (15), opresidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao CongressoNacional um projeto de lei que prevê a redução de2.496 cargos de DAS, também conhecidos como "cargos deconfiança", e a sua transformação em funçãocomissionada, atribuição permitida apenas afuncionários de carreira do serviço públicofederal.Moares explicou que nãose trata de acabar com os cargos de confiança. Elescontinuarão existindo, mas o objetivo é colocá-lossomente nas esferas decisórias. "Ora, um governo éeleito e com ele também são eleitos um programa, umpensamento, um partido, um projeto, uma forma de governar. Énatural que um governante traga com ele as pessoas que vãoorientar as políticas a serem implantadas. No entanto, essaspessoas precisarão contar com os executores das tarefas. O quequeremos é ter nossos quadros profissionais qualificados. Élógico que a implementação dessas políticasdepende da capacidade de bem operacionalizar a máquinapública. O objetivo do projeto é aumentar a capacidadetécnica do Estado para a condução das políticaspúblicas", destacou o secretário.O governo contaatualmente com 20.187 pessoas trabalhando em cargos de DAS, comsalários que variam de R$ 3,9 mil a R$ 11, 6 mil.