Comissão de Ética Pública pede explicações à ministra da Casa Civil

28/04/2008 - 20h58

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,terá 10 dias para encaminhar explicações àComissão de Ética Pública, ligada àPresidência da República, sobre o vazamento deinformações do suposto dossiê com gastos dagestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.Acomissão tomou a decisão hoje (28) motivada por ofícioenviado pelos líderes, no Senado, do PSDB, Artur Virgílio(AM), e do DEM, José Agripino Maia (RN). No documento, elespedem ao órgão da Presidência que examine aconduta da ministra no caso.De acordo com o presidente da comissão,Sepúlveda Pertence, os conselheiros decidiram apenas emrelação ao pedido de informações, mas nãoavaliaram o mérito da questão. “Apenas decidimossolicitar informações”, disse Pertence a jornalistas,ao final da reunião no Palácio do Planalto.A comissão decidiu também pedirexplicações ao ministro da Secretaria Especial deAqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, sobre a acusaçãode que teria feito campanha eleitoral ao participar da distribuiçãode carteiras de trabalho a pescadores em Limoeiro do Ajuru (PA).Odeputado Vic Pires (DEM-PA) acusou o ministro de ter feito campanha eatacado o então candidato à presidência GeraldoAlckmin, já que o evento ocorreu entre o primeiro e segundoturnos da eleição de 2006. O ministro Gregolin nega que tenha usado o cargo para fazer campanha.A comissão éum órgão consultivo e pode apenas sugerir ao presidenteLuiz Inácio Lula da Silva algum tipo de punição,que vai de uma advertência à demissão.Os conselheiros decidiram ainda, por unanimidade,arquivar o caso envolvendo o ministro das Comunicações,Hélio Costa, com base em matéria publicada na Folhade S. Paulo. Segundo o jornal,Costa teria transferido rádio em Barbacena (MG) de suapropriedade para um de seus assessores.O ministro encaminhou informações àcomissão que recomendou apenas que ele se declare impedido detomar qualquer decisão relacionada à emissora.