Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não comentou a decisão do Conselho de Ética de encaminhar ao plenário mais um pedido de cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar. Pela manhã, o senador havia afirmado que estava tranqüilo e que tem acompanhado o desenrolar das investigações "com o respeito que a causa requer".Sobre a denúncia acatada pelo conselho de que teria utilizado "laranjas" para comprar veículos de comunicação em Alagoas, o parlamentar desqualificou a representação do Democratas e PSDB que deu origem ao processo. Ao senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator da investigação, Renan classificou as acusações feitas pelo usineiro João Lyra como resultado de disputa política regional.Lida por Jefferson Péres aos senadores do Conselho de Ética, a defesa de Renan Calheiros alega que a representação dos tucanos e democratas restringe-se a reproduzir denúncias publicadas pela imprensa. Para o presidente licenciado do Senado, as acusações dos partidos de oposição estão longe de representar provas contra ele.Na defesa, Renan compara o acatamento da denúncia pelo Conselho de Ética "a uma morte política", uma vez que a cassação acarretará a perda dos direitos políticos e tornaria o senador inelegível por 11 anos.