Marco Antônio Soalheiro
Enviado especial
Imperatriz (MA) - AOperação Araribóia, que combate crimesambientais na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão,mostra os primeiros resultados. Nos últimos dois dias,a operação apreendeu e queimou 5 mil pés demaconha, recolheu uma dezena de caminhões carregados demadeira e fechou cinco serrarias que vendiam madeira ilegal nomunicípio de Arame, a leste da área indígena. Asinformações são do administrador regional daFundação Nacional do Índio (Funai) Funai emImperatriz (MA), José Leite Piancó. Na área,de 413 mil hectares, vivem aproximadamente 8 mil índiosguajajara e 50 isolados da etnia Guajá. A açãoenvolve 190 agentes de fiscalização e policiamento,segundo a Funai, que coordena os trabalhos. Participam dela tambéma Polícia Federal (PF), a Polícia RodoviáriaFederal (PRF), a Polícia Militar do Maranhão e oInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis (Ibama). As plantações demaconha estão concentradas em uma região na porçãonorte da terra indígena, área conhecida como Canudal.Na avaliação de Piancó, os Rios Buritipucu ePindaré facilitam a entrada de criminosos.Na últimasexta-feira (9), um homem identificado como traficante morreu durantetroca de tiros com agentes da PF.Até o momento,13 pessoas foram detidas pela equipe da operação. Doisdos detidos, Mozart Alves dos Santos e José Ribamar Gomes,permanecem na carceragem da Polícia Civil de Imperatriz e sãosuspeitos de liderar esquema de exploração ilegal demadeira na cidade de Amarante (MA). As ações defiscalização devem se intensificar a partir de amanhã,quando está prevista a chegada de agentes da ForçaNacional de Segurança, como reforço. O Exércitoestá montando um acampamento para permitir que as equipespermaneçam 24 horas por dia na terra indígena.“Estamosnos preparando para encontrar agulha no palheiro”, comentou Piancó,da Funai. “A intenção é localizar osinfratores onde quer que eles estejam.”