Gislene Nogueira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Debates, grupos de trabalho e de discussão, e uma avaliação feita pelos beneficiados marcam o 2º Encontro Nacional do Projeto de Inclusão Produtiva de Jovens, aberto hoje (7) em Brasília. O relatório com a avaliação dos jovens será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Na abertura do encontro, que vai até sexta-feira (9), o secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer, disse que o projeto é uma maneira de abrir caminho para o jovem: "A juventude era o futuro e virou problema. Hoje nós temos medo dos jovens, a juventude é temida. E não por culpa dela, mas porque deixou de ter espaço, sobretudo na economia." Com o programa, a carioca Rosimere Silva de Barros, de 20 anos, disse ter mudado sua vida. Ela fez um curso gratuito de culinária e ganha dinheiro com a venda da produção em uma cooperativa, que também recebe apoio do projeto. "A gente tem aulas teóricas de custo social, cooperativismo e empreendedorismo. Então, amplia nossos pensamentos e atitudes para um outro mundo", comentou.O estudante Bruno Carlos Saran, 22 anos, também disse ter "transformado o futuro" após aprender em Goiânia a fabricar instrumentos musicais. "Há uma perspectiva muito boa e agora vamos trabalhar para formar uma cooperativa", anunciou.Para a secretária executiva do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, o encontro é uma possibilidade de buscar a melhor estratégia para ampliar o número de pessoas beneficiadas: "Queremos falar em milhões de jovens, o necessário para atingir toda a juventude desse país".O Projeto de Inclusão Produtiva de Jovens é resultado de parceria entre o ministério, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e 27 instituições de ensino superior e comunitárias. São beneficiados 36 projetos e 3,6 mil pessoas. Os jovens recebem aulas de gestão financeira, cooperativismo e marketing, e suporte para montar uma cooperativa.