Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não tem pressa para a conclusão das investigações do Conselho de Ética sobre o pagamento, por terceiros, de suas contas pessoas. "Com relação ao processo, não tenho nenhum pressa. Quero que prevaleça a verdade", disse hoje (18), após os depoimentos do advogado Pedro Calmon Filho e de Cláudio Gontijo, funcionário da empresa Mendes Júnior. Calmon é advogado da jornalista Mônica Veloso, com quem o presidente do Senado teve uma filha numa relação extra-conjugal  e a quem paga pensão informal no valor de R$ 12 mil, dinheiro repassado por Gontijo. Os conselheiros querem saber quem era o dono dos recursos. Indagado sobre a declaração do advogado de que fora realizado, em juízo, um acerto informal com Mônica Veloso, pelo qual pagaria R$ 3 mil de pensão alimentícia e outros R$ 9 mil "por fora", Renan foi irônico: "Quando disseram que era importante trazer pessoas para esclarecer tudo, eu concordei que trouxessem o Pinóquio, o Cláudio [Gontijo], qualquer pessoa para esclarecer a verdade". Os jornalistas quiseram saber se o senador se referia ao advogado como o Pinóquio, um personagem de história infantil descrito como um boneco talhado em madeira e cujo nariz, depois que ganhou vida, crescia a cada vez que mentia. "Isso é ilação sua", respondeu o senador.