Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Senadores do Conselho de Ética consideraram que os depoimentos dados hoje (18) pelo advogado Pedro Calmon Júnior e por Cláudio Gontijo, funcionário da empresa Mendes Júnior, pouco acrescentaram às investigações para saber se o presidente do Senado, Renan Calheiros PMDB-AL), teve contas pessoais pagas por terceiros. Para o presidente do Conselho, Sibá Machado (PT-AC), os depoimentos "serviram mais para dirimir dúvidas sobre o que foi dito por ambas as partes pela imprensa". Outros parlamentares apostam nos resultados da perícia realizada pela Polícia Federal nos documentos apresentados por Renan, como notas fiscais sobre venda de gado, a fim de justificar renda suficiente para pagamento de pensão informal de R$ 12 mil à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) considerou que o depoimentos de Pedro Calmon teve muita "altercação e jogo de cena". E disse que "os senadores continuam esperando o resultado das perícias para formar suas opiniões". Também Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou que "os depoimentos de hoje nada acrescentaram". Ele acrescentou: "O que interessa é analisar o resultado da perícia e ouvir o que as pessoas que fizeram essa perícia têm para nos passar".