Criação do Coaf inibiu fraudes, diz responsável por loterias da Caixa

02/03/2007 - 1h36

Marcos Agostinho
Da Agência Brasil
Brasília - Desde a criação do Conselho de Controle deAtividades Financeiras (Coaf), em 2000, diminuiu consideravelmente o número depessoas que “ganhavam na loteria mais de uma vez”.

Com o controle, o apostador que ganha uma prêmiosuperior a R$ 800, deve preencher, em uma agência da Caixa, a Declaração deAumento Patrimonial por Ganho na Loteria, que registra todos os seus dados e osinforma à Receita Federal.

Caso o mesmo CPF se repita em duas ou trêsoportunidades, o fato é informado ao Coaf, que será responsável por encaminharas informações aos órgãos competentes pelas investigações.

“Esse tipo de ocorrência acontecia muito nadécada de 90 antes da criação do Coaf”, disse em entrevista ao programa RevistaBrasil da Rádio Nacional, o superintendente Nacional de Loteriasda Caixa Econômica Federal, Paulo Campos.

Segundo ele, ao se submeter a todos essesprocedimentos o cidadão deixará sua impressão digital, “que no caso é o númerodo CPF”. Se isso ocorrer mais de duas ou três vezes, esses dados vão ‘bater’ naReceita Federal e, se comprovadas irregularidades, essa pessoa terá problema”.

O superintendente destacou que não há uma áreamais fiscalizada e auditada do que as loterias. Segundo ele, o Tribunal daContas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o MinistérioPúblico são órgãos que acompanham sistematicamente o funcionamento dasloterias.Campos ressaltou ainda que a arrecadação recorde de R$890 milhões em apenas dois meses do ano demonstra a credibilidade e a confiançada população com as loterias da Caixa.