Inflação medida pela FGV desacelera na última semana e fecha fevereiro em 0,34%

01/03/2007 - 18h10

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas, desacelerou na última semana de fevereiro e fechou o mês com variação de 0,34%, ante a taxa de 0,43% apurada na semana encerrada em 22 de fevereiro. De acordo com os dados divulgados hoje (1º) pela instituição, o resultado do IPC-S de fevereiro foi o mais baixo desde a primeira semana de dezembro do ano passado, quando o índice ficou em 0,33%.Na avaliação do coordenador da pesquisa, o economista da FGV André Brás, a taxa ainda poderia ter sido mais baixa não fosse a pressão dos alimentos in natura, cujos preços estão elevados em função das fortes chuvas de janeiro. Ele acredita, no entanto, que a partir deste mês de março a tendência é de que os preços dos alimentos, especialmente as hortaliças e legumes comecem a declinar.“No momento os alimentos in natura estão ocupando um espaço muito grande nessa taxa, e não fosse a pressão deles, O IPC-S de fevereiro teria sido de 0,03% e não de 0,34%. Porém, com o fim deste período de chuva, a tendência é de queda nos preços do grupo alimentação”, acrescentou Brás, lembrando que, em fevereiro de 2006, o IPC-S ficou em 0,01% porque as condições climáticas estavam favoráveis para os alimentos in natura.Ainda de acordo com a FGV, das sete classes de despesa pesquisadas para o cálculo do índice, quatro tiveram reajustes menores nos preços dos produtos. A contribuição mais significativa foi do grupo educação, leitura e recreação, com o fim do aumento das mensalidades escolares. O fim do efeito dos aumentos das tarifas dos ônibus urbanos e metrô e dos combustíveis também ajudaram na redução do IPC-S de fevereiro. Os grupos alimentação e habitação registraram pequenos recuos em suas taxas. Já os preços dos grupos vestuário, saúde e cuidados pessoais e despesas diversas registraram aumentos em fevereiro.