Importadores de produtos populares esperam faturar mais 30% no carnaval

15/02/2007 - 22h38

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Associação  Brasileira dos Importadores de Produtos Populares (Abipp) espera que as vendas de produtos nas chamadas lojas de R$ 1,99 em todo o país representem até 30% do faturamento do setor neste carnaval. Para o ano, a perspectiva é de receita em torno de R$ 11 bilhões. Segundo o presidente da Abipp, Gustavo Dedivitis, os chamados produtos populares são certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), quando incluídos na lista de obrigatoriedade. “Nem todos os produtos ligados ao tema carnaval têm necessidade de ser certificados. A necessidade diz respeito a brinquedos, por exemplo”, indicou.Dedivitis esclareceu que “todos os  produtos importados pela Abipp que têm essa necessidade, são certificados pelo Inmetro – os que não têm são submetidos à própria associação, que lhes confere o Selo Abipp de importador sério”. O empresário destacou a importância do segmento para a geração de empregos no país: “Eu me pego sempre brigando com a indústria nacional que diz que importador não gera empregos. Timidamente, nós temos pelo menos cinco pessoas trabalhando no setor, em cada ponto de venda. São 60 mil  pontos de venda distribuídos pelo Brasil. A gente multiplica por cinco e são 300 mil empregos diretos, fora os indiretos. Ou seja, nós geramos empregos, pagamos impostos e estamos preocupados com a qualidade dos produtos”. Os produtos importados são em geral originários da China, mas Gustavo Dedivitis informou que do segmento de plásticos, muitos dos artigos vendidos são adquiridos de produtores nacionais. No ano passado, a Abipp importou 300 milhões de unidades para venda nas lojas de produtos populares. Para este ano, a meta é chegar a 400 milhões de unidades. Sem Copa do Mundo, acrescentou, o carnaval deverá ser a terceira melhor data de 2007 em faturamento – as primeiras são o Natal e o Dia das Crianças.