Nível de emprego na indústria não cresceu no ano passado

12/02/2007 - 23h48

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Após dois anos de crescimento, o nível de emprego na indústria brasileira estagnou em 2006. A variação ficou em 0%, contra 1,1% em 2005 e 1,8% em 2004. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) foram divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).No ano passado, caiu o número de trabalhadores em oito das 14 áreas e dez das 18 atividades pesquisadas. As indústrias que mais cortaram mão-de-obra foram as de calçados e artigos de couro (-13%), máquinas e equipamentos (-6,3%) e vestuário (-5,4%).Considerando apenas dezembro, o emprego recuou 0,3% em relação a novembro, registrando a terceira queda consecutiva na passagem de um mês para outro. Já na comparação com dezembro de 2005, houve crescimento de 0,8% - com expansão em dez dos 14 locais e 12 das 18 atividades pesquisadas. Destaque para as regiões Norte e Centro-Oeste (8,6%), Nordeste (1,5%) e o estado de São Paulo (1,3%).De acordo com o IBGE, o dinamismo do setor de açúcar e álcool explica, em grande parte, o aumento do emprego em São Paulo e no Nordeste. Nesses dois locais, as principais contribuições vieram de alimentos e bebidas (10,3% na indústria paulista e 3,3% na nordestina) e refino de petróleo e produção de álcool (22,9% em São Paulo e 21,3% no Nordeste).No país como um todo, as atividades que exerceram impacto mais positivo no emprego industrial em dezembro de 2006 foram alimentos e bebidas (7,2%), refino de petróleo e produção de álcool (16,9%) e meios de transporte (2,4%).As áreas pesquisadas são a região Nordeste e os seguintes estados: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.