Mantega contesta avaliação da CNI sobre o Programa de Aceleração do Crescimento

08/02/2007 - 20h36

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, contestou hoje (8) documento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O documento, elaborado pela Unidade Econômica da CNI, sugere que o PAC não alcançará seus objetivos sem a realização de reformas estruturais, sem reduzir gastos públicos e sem implementar o marco regulatório de setores considerados estratégicos. Para o ministro, a avaliação "destoa" do que outros empresários têm dito a respeito do PAC e das análises feitas por vários setores da área econômica, que estão revendo para mais as suas projeções de crescimento neste ano. "Quem está dizendo que o país não vai crescer vai perder uma aposta. Eu aposto que o país vai crescer e vai crescer mais do que no ano passado", desafiou Mantega. E lembrou: "Todos os institutos, todo mundo que faz previsão de crescimento está revendo para cima".Sobre os marcos regulatórios, o ministro disse que "mudança regulatória é o que mais estamos fazendo neste país". Ele também garantiu que o governo está controlando os gastos públicos, o que poderá ser constatado na próxima semana, quando o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciará o contingenciamento de despesas previstas no Orçamento Geral da União para este ano. "Estamos controlando os gastos correntes e estamos aumentando o investimento", reiterou.O documento da CNI também considera tímidas as desonerações tributárias previstas no PAC. Segundo Mantega, "não dá para fazer exagero – se eles querem que a gente desonere toda a carga tributária e mantenha o equilíbrio fiscal, isso é totalmente impossível".