Força-tarefa entra em ação no Rio para garantir um "Pan sem dengue"

09/02/2007 - 0h52

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Uma força-tarefa de combate à dengue, envolvendo 400 agentes de saúde da Baixada Fluminense, vai começar a atuar na próxima segunda-feira (12) na cidade do Rio de Janeiro. A cinco meses dos Jogos Pan-Americanos, o objetivo é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.A ação integrada entre as prefeituras da região e os governos estadual e federal prevê inspeções em residências para identificar possíveis focos de larvas do mosquito e ações de orientação à população. Até o fim do mês, a força-tarefa vai receber outros agentes municipais, chegando a um total previsto de 1.050, que vão atuar até o fim dos Jogos. Eles vão auxiliar os 900 agentes que combatem a dengue regularmente.“Sob o slogan do Ministério da Saúde, de se promover um ‘Pan sem dengue’, nós vamos intensificar as ações de combate no município. É importante, no entanto, alertar que embora os agentes sejam fundamentais, a mobilização popular nesse processo é prioritária”, explicou o coordenador de Fatores Biológicos da Secretaria Estadual de Saúde, Clodoaldo Novaes.De acordo com ele, além de preparar o Rio para o Pan, que terá atletas de vários países do continente, a iniciativa é estratégica no controle da doença em todo o estado. “Muita gente que mora em municípios vizinhos trabalha, estuda e circula diariamente na capital. Se a gente não controlar o vetor, vamos disseminar a doença também para outras regiões”, disse Novaes.Além de reforçar o combate à dengue na capital, técnicos das secretarias de Saúde de oito municípios da Baixada se reúnem hoje (9) com técnicos da secretaria estadual para planejar ações integradas de eliminação dos focos do mosquito na região, que apresenta alto índice de infestação. Clodoaldo Novaes informou que na Baixada, fiscais encontraram foco do mosquito em 7% das residências, enquanto a recomendação do Ministério da Saúde é que não passe de 1%.Dados do Ministério da Saúde revelam que 76% dos casos da doença no país se concentram nos meses de janeiro a maio, período em que as chuvas são mais intensas. Em comparação a 2005, houve aumento de 39% no número de ocorrências em todo o país no ano passado. Na Região Sudeste, a elevação foi de 303%. Só no estado do Rio de Janeiro, foram registrados mais de 30 mil casos, sendo 49% na capital.No dia 30 de janeiro, a secretaria estadual tinha informado que a força-tarefa começaria a atuar após o carnaval.