Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, disse hoje (8) que, com o governo de coalizão, as decisões no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva serão tomadas com as bancadas partidárias, e não definidas "no varejo"."As grandes decisões de interesse do país não serão mais negociadas no varejo, mas definidas com as bancadas. Quem terá responsabilidade de assegurar a unidade de cada bancada será o respectivo partido", afirmou, após assinatura de acordo com o governo de Moçambique.`Ao mesmo tempo em que terão mais participação nas decisões, acrescentou Dulci, os partidos também terão mais responsabilidade para sustentar o governo, "tanto no Parlamento [Congresso Nacional] como perante a sociedade".Na avaliação dele, este segundo mandato será "diferente e melhor", porque Lula terá a seu lado 20 governadores e diversos partidos. "O que vai dar estabilidade maior e uma base programática maior”.O Conselho Político se reunirá pela primeira vez com o presidente Lula na próxima quarta-feira (13). Oito partidos devem participar: PT; PMDB; PSB; PDT; PCdoB; PR; PRB; e PV. Estes dois últimos ainda não formalizaram sua entrada na coalizão, mas, segundo ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, foram convidados a integrar a reunião.Tarso disse que espera que essa decisão seja anunciada nos próximos dias. O governo também aguarda uma resposta do PTB e do PP. De acordo com ele, a reunião vai definir as funções e temas de discussão do colegiado.