Mariana Schreiber
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cento e oitenta homens da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército começaram a trabalhar hoje (1), junto com o pessoal da prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para ajudar as famílias desabrigadas e recuperar os estragos causados pela chuva na cidade. O major-engenheiro Lóis Pasteur Silva do Nascimento, do Batalhão Escola de Engenharia do Exército, coordena as ações. "Os soldados estão cadastrando, organizando e distribuindo as cestas básicas, e militares da área de engenharia atuam no trabalho de reconstrução e limpeza de vias, canais e caixas d’água”, informou. O batalhão, acrescentou, também auxiliou no transporte de vacinas contra a leptospirose e o tétano, aplicadas nos postos de saúde da prefeitura. A partir de amanhã (2), serão montados postos de atendimento médico nos bairros mais atingidos pela chuva – Posse e Mangueira. A cada dia, dois bairros serão atendidos. Na segunda-feira (5), haverá avaliação do trabalho dos militares para definir se eles continuarão na cidade.O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, Ricardo Capelli, disse que o ministro das Cidades, Márcio Fortes, e o secretário nacional de Defesa Civil, Jorge Pimentel, garantiram ao prefeito Lindberg Farias apoio para a recuperação de Nova Iguaçu. A Secretaria Nacional de Defesa Civil doou mil cestas básicas, 500 jogos de colchão, lençol, cobertor, travesseiro, fronha e toalha de banho, mais mil kits com vassoura, detergente e desinfetante. A prefeitura informou que cerca de mil famílias gravemente atingidas pelas inundações já foram cadastradas. E que até a tarde de hoje (1) havia distribuído cerca de 800 cestas básicas, mais de 400 colchões e 300 cobertores. “Muitas famílias atingidas pelas chuvas perderam todos os seus pertences, e precisam de móveis, roupas, mantimentos. Nós montamos vários postos para arrecadar doações”, disse o secretário municipal Ricardo Capelli. O prefeito Lindberg Farias propôs a união entre os governos municipais, estadual e federal, para implementar o plano de macrodrenagem dos rios da Baixada, elaborado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e previsto para ser executado pela Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla), com investimento de R$ 400 milhões. As chuvas fortes que atingiram o Rio de Janeiro nesta semana deixaram três mortos: dois na Baixada Fluminense e um na ragião Serrana.