Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Cesar Asfor Rocha, determinou hoje (31) a convocação de 13 testemunhas arroladas no processo que investiga o caso do dossiê contra candidatos tucanos. O processo de investigação judicial eleitoral foi pedido no dia 19 de setembro pelos advogados da coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL), do candidato derrotado à presidência da República Geraldo Alckmin. Já estavam citados no processo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Márcio Thomaz Bastos, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini, o ex-assessor da Presidência da República Freud Godoy e os ex-integrantes da campanha petista Gedimar Passor e Valdebran Padilha. Na mesma decisão, Asfor Rocha negou o restante do pedido da coligação, inclusive sobre o acesso ao inquérito policial da PF sobre o caso.Foram acrescentadas ao processo as seguintes pessoas, que serão ouvidas no próximo dia 10 na sede do TSE: Mário Lúcio Avelar, procurador da República no Mato Grosso; Geraldo Pereira, superintendetne da Polícia Federal no Mato Grosso; Edmilson Bruno, delegado federal em São Paulo; Sônia Filgueiras, jornalista de O Estado de S. Paulo; Expedito Filho, também jornalista de O Estado de S. Paulo; Paulo Lacerda, diretor-geral da Polícia Federal; Leia Rabelo Alves, assessora do ministro Márcio Thomaz Bastos; Tatiane Freire, jornalista; Raimundo Estáquio de Almeida; José Filho Soares Rocha; Sigmaringa Seixas, deputado federal (PT/DF)/ Cícero Antônio Brasileiro e Silva, e Marcos Grecco Passos.O ministro negou o pedido de notificação do presidente Lula, para que fossem informados os números telefônicos usados por Godoy. Negou as quebras dos sigilos telefônicos de Godoy, Berzoini, Valdebran e Gedimar. Negou levantamento pelo Banco Central junto ao Banco Sofisa e outras instituições bancárias que tenham recebido parte do R$ 1,7 milhão apreendido com Gedimar e Valdebran, em um hotel em São Paulo, bem como as quebras de sigilo bancário dos envolvidos.O advogado do PSDB, José Eduardo Alckmin, afirmou que vai recorrer somente contra a decisão de proibir o acesso ao inquérito policial.