Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes patidários da Câmara reuniram se hoje (31) com o presidenteda Casa, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para tentarentendimento em relação à pauta de votação dos próximos dias. A pautaestá trancada por dez Medidas Provisórias com prazo vencido e os líderes entenderam que o melhor é votá-las logo, para depois se dedicarem a outras matérias importantes, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria oFundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais de Educação) e o segundo turno da PEC que acaba com as votações secretas noParlamento, entre outras.O líder do PFL, Rodrigo Maia(RJ), disse que os partidos de oposição estão dispostos a votar as MPs: "Vamos votar, não como quer o governo, mas com as nossasposições em cada uma das matérias. O Fundeb tem acordo de todos ospatidos para ser aprovado". Segundo ele, o PFL aceita dialogar com ogoverno e "não cabe a nenhum líderdo PFL ir ao Palácio do Planalto, pois nós sempre dialogamos com oslíderes do governo no Congresso – o que o PFL entender que é positivopara o Brasil, o patido vai votar a favor". Maia afirmou aindaque a oposição vai votar na MP do reajuste dos aposentados um aumentode 16,67 % e não os 5 % que o governo propôs. O vice-líder dogoverno, Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que o Congresso tema obrigação moral com o povo de não deixar para votar no ano que vem asmatérias que estão na pauta dessa legislatura: "Temos que cumprir com onosso dever e limpar a pauta, decidindo independetemente do méritotodas questões. Seria inaceitável encerrar a atual legislatura compendências importantes para o país". A disposição dos líderes aliados, acrescentou, é de mobilizar os deputados para as votações a partir da próxima semana. "O Parlamento não foi feito só para construir consenso. Parlamento é voto de maioria e abase tem obrigação de ter maioria para vencer as votações", alertou. Não houve quórum na sessão de hoje daCâmara, destinada a iniciar as votações das dez MPs que trancam a pauta. O presidente da Casa manteve a pauta para amanhã (1º).