Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O pedido de desfiliação do governador Blairo Maggi do PPS, feito ao Tribunal Regional Eleitoral pelo presidente do partido, Roberto Freire, "é uma questão que deverá se desenrolar por aproximadamente um ano". A previsão do governador foi feita em entrevista coletiva hoje (30), em Cuiabá (MT), onde lembrou que o tribunal já negou o pedido de Freire porque "os fundamentos alegados "não têm sentido". Segundo Maggi, Freire considerou "traição partidária" o apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o partido, acrescentou, declarara a questão "em aberto, tanto no primeiro turno quanto no segundo". O PPS havia feito indicação preferencial de apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), lembrou.O governador negou que seu apoio à campanha de Lula tenha sido vinculado à destinação, pelo governo federal, de recursos de R$ 1 bilhão ao estado. A verba, explicou, destinava-se a obras estruturais e à agricultura e pecuária, dentro do pacote agrícola lançado pelo governo em maio, e que também contemplou outros estados. Blairo Maggi afirmou ainda que "os programas que são mais urgentes para o estado serão resolvidos mais rapidamente agora do que se tivéssemos hoje um presidente de primeiro mandato, pois tudo estaria parado em Brasília até que ele tomasse posse".