Vôos atrasam em sete aeroportos brasileiros

30/10/2006 - 20h23

Thiago Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Comando da Aeronáutica informou que na tarde de hoje houve retenção de vôos nos aeroportos do Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ), Vitória (ES), Confins (MG), Pampulha (MG), Congonhas (SP) e Brasília. Os vôos retidos passariam pelo espaço aéreo controlado pelo Cindacta-1 (Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília. No aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, na capital federal, entre 35 e 40 decolagens foram feitas com atraso superior a uma hora hoje (30). No sábado ocorreram atrasos de mais de quatro horas.O ministro da Defesa, Waldir Pires, se reuniu no final da tarde de hoje com integrantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Aeronáutica e da Infraero para discutir soluções para os atrasos de pousos e decolagens em grandes aeroportos brasileiros.Após a reunião, Waldir Pires reafirmou que os problemas (de atrasos de pousos e decolagens) são causados pelo excessivo tráfego aéreo dos últimos dias e pela falta de recursos humanos. “As eleições, por exemplo, compõem fator de aumento do tráfego. Na minha opinião, precisamos formar turmas reservas, de stand-by, para atender o crescimento eventual da demanda”. Ele disse que as dificuldades podem estar sendo geradas, inclusive, “por certa emoção” dos controladores. “Quando alguma coisa dá errado ficamos abalados, precisamos de algum tempo para nos recuperarmos”, afirmou, referindo-se ao acidente com o Boeing 737-800 da companhia aérea Gol, que caiu em Mato Grosso com 154 pessoas a bordo.De acordo com o ministro, estão sendo avaliadas medidas para restaurar as condições de vôo no menor prazo possível. “Podemos, inclusive, convocar controladores que já estão na reserva. Temos condições de remunera-los”, disse. A solução definitiva, no entanto, só deve ser alcançada entre 30 e 90 dias. “Eu fui surpreendido. Na sexta-feira (27) fiquei três horas e meia no aeroporto. Agora, não se pode fabricar controladores. Eles precisam ser capacitados, profissionalizados”, afirmou.