Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - No aeroporto de Manaus,Francisco Garcia, pai do passageiro do vôo 1907 FranciscoGarcia Filho, estava desolado e revoltado. Após reuniãocom a Gol que definiu um vôo para Brasília para levarparentes que aguardam informações, Francisco disse que a posturada empresa Gol e das autoridades do governo ao não concedereminformações precisas sobre o acidente mostra que issopode ser um indício de que nenhuma pessoa esteja mais viva.“Na minha opinião,segundo os procedimentos que a Gol está usando, a ida paraBrasília é para entregar os pacotes do pessoal morto”,disse Francisco. Indagado se ele, mesmo assim, seguiria paraBrasília, Francisco respondeu: “Se jogarem o pacote do meufilho, não tem quem pegue ele. Vou buscá-lo para trazerpara casa. A imprensa já falou que já está todomundo morto”, lamentou usado como referência as notíciasextra-oficiais divulgadas por autoridades.O filho deFrancisco viajava a trabalho. Segundo o pai, faz o trajetoManaus-Brasília a cada 15 dias, porque é pequenoempresário do setor de transportes e tinha negócios dacapital federal. “Entendo que é uma fatalidade, mas ficoimpressionado com a falta de informação. Eles jogam aculpa para o governo, que me parece que uma bruta incompetência”,resume o pai.