Suspeitos de negociar dossiê contra PSDB têm prisão revogada

30/09/2006 - 0h27

Monique Maia
Da Agência Brasil
Brasília - O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região concedeu ontem (29) uma liminar para cassar o decreto de prisão temporária de todos os suspeitos de envolvimento com a negociação de um dossiê contra políticos tucanos e de outros partidos: o filiado ao Partidos dos Trabalhadores Valdebran Carlos Padilha da Silva, os ex-funcionários da campanha de Lula Gedimar Passos e Jorge Lorenzetti, o ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho Owvaldo Bargas, o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso e o ex-assessor da Presidência da República Freud Godoy.De acordo com nota divulgada pelo TRF, a prisão temporária só pode acontecer quando o investigado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. Para o juiz Tourinho Neto, autor da decisão, a juíza que decretou a prisão dos suspeitos não demonstrou que esta era imprescindível para as investigações do inquérito. Além disso, ressaltou que as autoridades policiais entenderam que a prisão era desnecessária.Ontem (29), a Polícia Federal anunciou que vai abrir uma sindicância para apurar o vazamento das fotos do dinheiro apreendido com petistas. Essa sindicância irá avaliar quais as circunstâncias em que essas fotos vazaram e quem foi o autor. A PF disse que as fotos são verdadeiras e foram tiradas no dia da perícia em São Paulo. Os dólares estão sob custódia do Banco Central em São Paulo e os reais, sob custódia da empresa de segurança Protege.As fotos foram primeiramente divulgadas pelo site www.estadao.com.br, que informou ter recebido o material de uma fonte da PF. Desde a prisão de Gedimar e Valdebran, a polícia se negou a divulgar as imagens do dinheiro porque o caso corre em segredo de Justiça. Até o momento, a PF não informou a origem do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê.