Empresa não fornece novas informações sobre queda de avião, mortos ou possíveis sobreviventes

30/09/2006 - 21h16

Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Em coletiva à imprensa realizada em São Paulo, o presidente da Gol Linhas Aéreas, Constantino de Oliveira Júnior, e o vice-presidente para assuntos técnicos, comandante David Barioni, disseram que não possuíam informações novas sobre a queda do avião do vôo 1907, que caiu na sexta-feira após decolar de Manaus no início da tarde.A empresa não sabia informar o que provocou a queda do Boeing 737-800, se há sobreviventes entre os 149 passageiros e seis tripulantes ou em que estágio e condições estavam as operações deresgate. Segundo o presidente da empresa, todas as operações estão sendo conduzidas pela Aeronáutica em parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e as informações devem ser passadas pelas autoridades desses órgãos.Segundo a Gol, o avião decolou de Manaus às 15h35, voava a 37 mil pés de altitude e fez seu último contato por rádio às 16h58. Ele caiu dentro da rota prevista e a empresa não tem informações sobre a possível colisão com um jato do tipo Legacy. De acordo com Barioni, os procedimentos de checagem do que aconteceu teriam começado trinta minutos após o horário previsto para a aterrissagem em Brasília.  “Nossa aeronave deveria ter pousado às 18h12. Às 18h32 iniciam-se alguns procedimentos técnicos. Mas o final desse procedimento é aguardar-se até que se esgote a última gota de combustível a bordo. Porque, aí sim, todos têm certeza de que a aeronave não está mais voando. E aí sim se inicia o acionamento do plano de emergência, o contato com as autoridades, e o preparo de comunicação para a opinião pública”. Segundo Barioni, a aeronave tinha combustível para voar até 20h30, o que definiria um intervalo de três horas e 2 minutos desde o último contato por rádio até o acionamento das buscas.De acordo com o presidente da empresa, esse modelo de avião comporta 178 passageiros mais a tripulação e dos 149 passageiros a bordo, 71 desembarcariam em Brasília. Entre estes, estavam dois profissionais da área técnica de rádio da Radiobras. Oliveira Júnior leu um comunicado no qual a empresa transmite “imenso pesar” ao confirmar o acidente e diz que “todos os colaboradores da Gol estão comprometidos e engajados em atender às necessidades imediatas das famílias desses passageiros”.A empresa informou que o avião foi recebido no último dia 12 de setembro e tinha apenas 234 horas de vôo. O comandante no vôo, Décio Chaves Junior, era um dois mais experientes da empresa, com 44 anos de idade e mais de 15 mil horas voadas. Barioni afirmou que o avião era dotado do mecanismo TCAS, que sinaliza a presença de outra aeronave em rota de colisão, mas afirmou que as razões da queda só serão esclarecidas pelas autoridades. “As investigações já estão em andamento. Elas serão conduzidas pela Divisão de investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Dipaa) e o relatório final será emitido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).”