Primeira parte de leilões de poços termina com 251 blocos vendidos a R$ 1,085 bilhão

18/10/2005 - 22h06

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio – A Agência Nacional do Petróleo (ANP) fechou a primeira parte da Sétima Rodada de Licitações de áreas para exploração e produção de petróleo concedendo para as empresas petrolíferas 251 blocos exploratórios, dos 1.134 ofertados em 34 setores, de 14 bacias sedimentares do país.

Foram arrecadados, segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, um total de R$ 1,038 bilhão em bônus de assinatura – o pagamento que as empresas farão pela exploração dos poços, em janeiro do próximo ano.

Lima afirmou que o leilão obteve êxito e disse que, com os blocos concedidos, estarão garantidos R$ 1,5 bilhão em investimentos, somente no Programa Exploratório Mínimo (PEM), nos próximos
seis anos. A maior vencedora do leilão, mais uma vez, foi a Petrobrás que arrematou um total de 96 blocos exploratórios, 54 dos quais sozinha e 42 em parceria com outras empresas, tendo desembolsado R$ R$ 503 milhões.

O diretor-geral da ANP comemorou a participação da Petrobrás da Sétima Rodada, o gerente-executivo de exploração e produção da empresa, Francisco Nepomuceno garantiu que a empresa atingiu seu objetivo. "Conseguimos tudo que queríamos e os 13 blocos em fizemos propostas mais fomos derrotados eram apenas áreas periféricas".

A grande surpresa do leilão foi a participação da empresa Argentina OIL M&S que arrematou sozinha 43 blocos exploratórios – 22 na bacia do São Francisco e outros 21 na bacia do Solimões – áreas de novas fronteiras e, por isto mesmo, de elevado risco exploratório. Nesta primeira fase só foram oferecidos os blocos exploratórios de riscos destinados às médias e pequenas empresas. Amanhã, a ANP dará início à segunda fase do leilão, quando serão ofertadas as 17 áreas inativas com acumulações marginais.

Com pequeno potencial para exploração de petróleo e gás natural essas áreas se destinam a pequenas empresas e pode vir a tornar-se um novo nicho de exploração de petróleo no país, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região nordestina. São 11 áreas situadas na Bahia e outras 6 em Sergipe e que foram devolvidas pela Petrobrás à ANP.