São Paulo, 11/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, afirmou hoje (11) que a descoberta de um foco de febre aftosa no estado do Mato Grosso do Sul "não é nenhum problema dramático" para os exportadores do produto e para o país.
"É ruim, vamos ter algum prejuízo, algum país vai fechar [a importação de carne], até retaliando o Brasil por outras razões. Mas eu não creio que isso seja um drama. É ruim a perda de credibilidade que foi tão arduamente conquistada pelo Brasil", disse.
Pratini acrescentou que o ministério da Agricultura tem capacidade técnica para "tirar isso de letra". E que no momento, o importante é comunicar a todos os países que o Brasil cumpriu rigorosamente as normas sanitárias definidas pela Organização Internacional da Saúde Animal.
Segundo o presidente da Abiec, apesar de o país seguir adequadamente as normas de sanidade animal, o governo não deu a devida "prioridade" à questão. "Esse governo não deu prioridade para a sanidade animal, por isso não deu dinheiro para o ministério da Agricultura repassar aos estados. Temos que restaurar a prioridade à sanidade animal", afirmou.
Hoje, o governo recebeu quatro notificações cancelando temporariamente a compra de carne bovina. Os países da União Européia suspenderam a importação de carne de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. A Inglaterra não comprará carne que saia de Mato Grosso do Sul e Paraná. Israel e África do Sul embargaram o produto proveniente de qualquer parte do território brasileiro.