Adriana Franzin
Da Agência Brasil
Brasília – Caso a comercialização de armas de fogo e munição seja proibida, a segurança civil será ameaçada. É o que afirma o deputado Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP) durante o programa Diálogo Brasil, no estúdio da TV Nacional, em Brasília. Fleury é também vice-presidente da Frente Parlamentar pelo Direito da Legítima Defesa.
"Todo bandido terá absoluta certeza de que não haverá nenhuma residência onde haja resistência armada até que chegue a polícia", disse ele. De acordo com o deputado, não há relação direta entre a comercialização legal de armas e o aumento do número de homicídios.
Também participando do Diálogo Brasil, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), secretário geral da Frente Brasil Sem Armas, disse que "nos últimos 12 anos, o número de homicídios dobrou". Segundo ele, em 2004, com o estatuto do desarmamento e a campanha do desarmamento, "houve um declínio da violência e de homicídios com arma de fogo".
No estúdio da TVE Brasil, no Rio de Janeiro, o sociólogo Antonio Rangel Bandeira, integrante do Movimento Viva Rio, afirmou que há sete anos pesquisa a relação das armas com a violência no Rio de Janeiro. "Percebi que nós estávamos contrariando interesses poderosíssimos", disse. Segundo ele, o trabalho concluiu que quem reage a um assalto a mão armada tem 180 vezes mais chances de morrer.
Também no estúdio da TV Cultura, em São Paulo, Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo, afirmou que o que mata não é a arma, mas a pessoa.
O Diálogo Brasil é mediado pelo jornalista Florestan Fernandes Júnior e tem transmissão ao vivo, sempre às quartas-feiras, das 22h30 às 23h30, para todo o país.