Brasília, 28/9/2005 (Agência Brasil - ABr) - Uma vitória que dignifica a Câmara dos Deputados, porque a disputa foi muito acirrada. Assim o ministro Jaques Wagner, da Secretaria de Relações Institucionais, avaliou a eleição do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para a presidência da Casa. "Eu acho que a vitória apertada do candidato Aldo Rebelo é boa. Ela mostra que a Casa não quer ser nem governo e nem oposição. A Casa quer ser o parlamento brasileiro", disse o ministro..
Wagner defendeu a candidatura de Rebelo, "um parlamentar que tem musculatura, consciência política e história democrática para garantir que a Câmara não seja nem uma extensão do Planalto, nem um centro de articulações das oposições". Disse que a Câmara foi quem ganhou com a vitória, por ter proporcionado um debate de alto nível e a reaglutinação da base governista.
"O PT fez um grande gesto; o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fez um grande gesto. Essa vitória não é unipessoal. É a vitória de uma equipe que acreditou, que entendeu que era hora de reaglutinar, e eu nada mais fiz do que organizar essa reaglutinação".
E acrescentou que a vitória de Aldo foi "uma demonstração de que "o governo tem muito a fazer pelo Brasil". Ele ressaltou o empenho dos lideres dos partidos da base do governo: "Diferentemente do que alguns achavam, nós não estamos mortos, porque o nosso compromisso é com o país. A Câmara se respeitou. O novo presidente da Câmara saberá entender que comanda uma instituição, que não deve ser a extensão do Planalto e nem o centro de articulação das oposições".
Para o ministro, o governo respeitou as decisões dentro da base, com o surgimento de candidatos que entendiam que precisavam ter candidaturas de seus partidos, como foi o caso do PTB e do PP. "Não houve rolo compressor, não houve tráfico, não houve ameaça – houve convencimento", destacou, antes de seguir para encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na residência oficial da Granja do Torto. "Estou indo comemorar. O Aldo não deve ir porque ele agora é presidente de uma instituição. Os líderes da base aliada também deverão aparecer para comemorar", completou.