Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No dizer do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), com a morte do ex-governador Miguel Arraes a nação perde "um dos líderes populares mais importantes". "Num momento difícil como esse que o Brasil atravessa, ele seria um bom conselheiro, sobretudo, pela sua experiência", disse ACM.
O senador destacou o momento que o teria unido ao companheiro pernambucano. "Eu convivo com Arraes desde 1963, quando nos unimos contra o Estado de sítio que presidente João Goulart queria decretar, porque ele entendia que depois que tirassem (o governador Carlos) Lacerda da Guanabara, o próximo a sair seria ele". Dessa forma, diz Antônio Carlos Magalhães, "nos unimos e fizemos com que Goulart tirasse a mensagem de estado de sítio do Congresso". Daí para cá, observa, "sempre mantivemos relacionamento, relacionamento esse retomado tão logo ele voltou do exílio".
Nas palavras de ACM, Arraes era uma figura "afável" e, sobretudo, "carismática". "É extremamente popular no seu Pernambuco, estado que ele governou por três vezes". Perguntado sobre se a defesa da soberania nacional seria uma das principais características do ex-governador Arraes, ACM disse que sim: "Ele sempre foi um nacionalista verdadeiro e autêntico".