Base aliada busca acordo sobre presidência e relatoria da CPI dos Correios

13/06/2005 - 22h11

Brasília, 13/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - Embora a oposição não queira abrir mão da indicação do senador César Borges (PFL-BA) para a presidência ou para a relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, os líderes da base aliada continuam tentando um acordo em torno de um outro nome da oposição para ocupar a presidência da CPMI.

"Se a oposição insistir no nome do senador Cesar Borges, creio que isso deve inviabilizar um acordo", disse o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Segundo ele, os líderes da base aliada trabalham para chegar a um acordo em torno de um nome que seja "aceitável" pela oposição, mas também pelo governo. "Se não der acordo, vai para o voto", disse.

Chinaglia disse que a idéia é manter a indicação do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para a relatoria da CPMI e continuar buscando um nome da oposição para a presidência. Se os aliados não conseguirem fechar um acordo, eles vão manter a indicação do líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MT), para disputar no voto, com o candidato da oposição, a presidência dos trabalhos da CPMI.

"Nós continuamos abertos a um acordo, desde que não haja qualquer tipo de oposição, porque a maior bancada do Senado é do PMDB e a maior bancada da Câmara é do PT. E essas duas bancadas, pelo Regimento, têm preferência nas indicações. Se a oposição estiver aberta a buscar uma solução de comum acordo, nós continuaremos abertos ao diálogo", afirmou o líder do governo no Senado, Aloisio Mercadante (PT-SP), após reunião com líderes aliados. Segundo ele, a contrapartida é encontrar um nome que "dê a segurança do eqüilibrio que é indispensável à condução do trabalho".

Mercadante disse que a disposição dos aliados é fazer uma investigação detalhada de todas as denúncias de corrupção nos Correios. "Nós queremos passar a limpo todos os procedimentos praticados no âmbito dos Correios na última década. Tudo vai ser investigado com rigor e profundidade", disse o líder.