Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), disse hoje que não é fácil resolver a principal demanda dos quilombolas que é a questão fundiária. "Quando tratamos da terra, estamos tratando com propriedades instituídas e não é fácil reverter essa situação", afirmou.

Segundo Matilde Ribeiro, a Seppir trabalha em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Agrário para encontrar meios de solucionar o problema. "Estamos dialogando, temos hoje 124 processos em curso para regularização, mas são 1.800 comunidades quilombolas mapeadas por nós até hoje. Então, de 1.800 quilombos, estamos com 124 processos em curso, sendo que dois já foram regularizados. Nossa meta é avançar nesse universo de 122 ainda no próximo ano". De acordo com a ministra, a maior concentração de quilombos está nas regiões Norte e Nordeste.

Matilde Ribeiro afirmou que apesar dos "percalços no caminho", as dificuldades serão enfrentadas. Segundo ela, o presidente Lula afirmou que quilombo é prioridade e que um grande desafio de seu governo é atender essas situações que nunca entraram na política pública brasileira.