Brasília, 8/3/2005 (Agência Brasil - ABr) - Esposas de militares das Forças Armadas pediram hoje ao ministro da Defesa, José Alencar, reajuste imediato de 23% na remuneração de seus maridos. Também foram reivindicadas alterações na Medida Provisória 2.215-10/2001, que segundo elas impôs "perdas" e "malefícios" aos militares, e um aumento de 17% nos soldos a partir de agosto.
Segundo as mulheres, havia um acordo firmado entre os militares e o Ministério da Defesa para que o reajuste de 23% fosse incorporado aos vencimentos do mês de março. "Como [o reajuste] não foi repassado nos contra-cheques, nós fizemos aquela manifestação no bandeirão [Praça dos Três Poderes], só para dizer que nós estamos atentas ao não-cumprimento da promessa feita no ano passado", afirmou Ester Evangelista, presidente da Associação de Pensionistas e Esposas de Militares das Forças Armadas (Apemfa).
Ester Evangelista acrescentou: "O que nós estamos buscando, e foi o que ele [José Alencar] inclusive colocou, não é aumento salarial. Nós estamos buscando um reajuste. Isso não é somente o que a gente coloca em nossas manifestações, mas foram palavras ditas por ele. Ele está ciente e consciente da situação."
Em relação à MP, que dispõe sobre a reestruturação da remuneração dos militares, as mulheres querem discutir as modificações que ela impõe, como o fim do auxílio-moradia e da gratificação por tempo de serviço. Hoje, um soldado engajado (que permanece por mais de um ano a serviço das Forças Armadas) recebe R$ 550 mensais.