Chineses discutem certificação brasileira de produtos de origem animal para exportação

17/01/2005 - 19h42

Brasilia, 17/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - A missão do Ministério da Quarentena da China que está no Brasil discutiu hoje com técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento detalhes sobre a certificação e inspeção de produtos de origem animal, importados por aquele país. Os chineses, que até o dia 27 visitarão estados produtores de frango e carne bovina, escolherão entre as empresas exportadoras brasileiras aquelas que seguem as regras sanitárias exigidas em seu país.

As visitas, acompanhadas por técnicos brasileiros, começam amanhã (18) em Rio Verde (GO) e depois serão estendidas aos estados do Paraná e de São Paulo. Na capital paulista será realizada a reunião final, na Delegacia do Ministério. Durante o encontro de hoje, os chineses conheceram os programas brasileiros de controle de doenças.

Em Pequim, uma missão de técnicos brasileiros discute o teor de solventes, principalmente o hexano, utilizados na fabricação do óleo de soja exportado pelo Brasil. A China exige o limite máximo de 100 miligramas de solvente por quilo do óleo, e isso pode prejudicar as exportações brasileiras.

De acordo com o chefe da Divisão de Acordos Sanitários e Fitossanitários do Ministério da Agricultura, Odilson Ribeiro, o Brasil exporta o óleo bruto, por isso, o teor de hexano é de cerca de 600 miligramas por quilo. No entanto, conforme explica, esse produto não é consumido antes de ser refinado, e nessa etapa o teor de solvente fica reduzida.

Também serão tratados pela missão brasileira, até dia 21, os limites de tolerância para resíduos de pesticidas nos grãos de soja e o texto da circular 73 do governo chinês, que exige que exportadores e importadores de soja assinem um termo de responsabilidade em que admitem conhecer toda a legislação chinesa sobre o assunto.

Pelo Ministério da Agricultura, participam da comitiva brasileira o assessor do Departamento de Defesa de Inspeção Vegetal, Gilson Cosenza e o técnico da Coordenação Laboratorial de Apoio Vegetal, André Luiz Bispo.