Christiane Peres
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Uma alternativa de revelação das várias identidades do Brasil para os brasileiros é o significado do Programa de Fomento à Produção e Teledifusão de Documentários (DOCTV II). Na cerimônia de abertura do programa, o diretor de jornalismo da Radiobrás, José Roberto Garcez, destacou que o DOCTV também é uma oportunidade de fortalecimento da rede pública de televisão no Brasil.
Garcez disse ainda que o sucesso do projeto esse ano garantiu o apoio de vários estados, entidades e instituições que viram no DOCTV o maior programa de incentivo ao documentário no Brasil. "A conjugação do cinema e da televisão formará um elo para criar a indústria do audiovisual no Brasil."
O DOCTV é um programa promovido pela Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura, pela Fundação Padre Anchieta e pela Associação das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec) e tem o objetivo de gerar uma rede auto-sustentável de documentários.
Em 2005, a TV Câmara entrou como parceira no projeto. "Além do documentário que tradicionalmente nos cabe, conseguimos esse ano uma parceria com a TV Câmara, que se encarregará de dar condições para a gente realize um outro documentário. Brasília terá, portanto, dois documentários no DOCTV II", anunciou Garcez.
A diretora da TV Câmara, Sueli Navarro, disse que essa parceria reforça a missão de construção da cidadania do povo brasileiro. "Nós sabemos que todo país precisa ser visto e traduzido e sabemos que uma forma de se fazer é através do documentário."
A tradição de Brasília em produzir documentários foi lembrada pelo presidente da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV), André Carvalheira, que destacou a importância de um programa como DOCTV para a cidade. "O DOCTV é um programa muito inteligente, que conseguiu aliar de forma muito sólida a produção e a difusão desses filmes, ou seja, nós estamos produzindo filmes que serão vistos no Brasil inteiro". Para Carvalheira, é fundamental que a secretaria de Cultura do Distrito Federal apóie o programa. "Ele deve ser adotado como uma política audiovisual para a cidade", afirmou.