Christiane Peres
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Durante a cerimônia de lançamento da segunda edição do DOCTV, o documentarista Vladimir Carvalho foi homenageado. Vladimir falou do avanço da transformação da Ancine em Ancinav e disse esperar que esses incentivos à cultura sejam cada vez maiores. "Vladimir Carvalho: velho conterrâneo de guerra", produzido por Dácia Ibiapina, ganhou a primeira edição do DOCTV e tem a proposta de fazer uma "revisita" ao cinema de Vladimir. "A idéia é fazer homenagem tanto ao Vladimir como para o cinema brasileiro, já que ele é um dos grandes cineastas do país", diz Dácia.

Vladimir Carvalho é cineasta há 40 anos e já produziu, aproximadamente, 20 documentários. Começou no final da década de 50, quando o cinema novo surgiu no sul do país. Desse movimento resultou o documentário "Aruanda", de que foi roteirista e que Gláuber Rocha apontou como o início do moderno documentário no Brasil. É autor de "O País de São Saruê", que permaneceu cerca de nove anos interditado pela censura e só foi liberado com a Anistia, em 79. "O homem de areia" conta a história da revolução de 30.

Como presidente da Associação Brasileira de Documentaristas do DF, criou e realizou o 1º Festival de Filme Brasiliense, que obteve o mais amplo sucesso, estimulando a produção local e reunindo em Brasília importantes personalidades do cinema brasileiro. Polêmico, Vladimir se destacou no cenário documental brasileiro pela irreverência e inovação, sempre constatadas em seus filmes.