Débora Barbosa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pertencem ao Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), uma dissidência do MST, segundo afirmaram, os participantes da invasão da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Setor de Autarquias Norte, que resultou em 12 feridos - oito sem-terra, dois policiais e dois fotógrafos, e teve a participação de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar, e de 600, de acordo com os líderes do grupo.
Tudo começou com um protesto diante do prédio do Incra. Quando os manifestantes começaram a se aproximar da entrada, a polícia tentou impedir a invasão e a porta de vidro acabou quebrada. Na confusão, ficaram feridos sem-terra, policiais e fotógrafos e 130 pessoas conseguiram entrar no edifício, ocupando dois andares. Eles reivindicavam o assentamento de 500 famílias no Triângulo Mineiro e Sudoeste de Goiás.
A situação só foi contornada depois que o superintendente de Desenvolvimento Agrário, Carlos Guedes, informou aos líderes da invasão que 113 sem-terra já foram assentados na região do Triângulo Minieiro e Sudoeste goiano, e o restante dos processos está em andamento.
Carlos Guedes marcou uma reunião para amanhã com os sem-terra, o que fez com que a invasão terminasse. Mas os líderes do movimento prometeram que, se nada de novo for resolvido, farão nova manifestção no prédio do Incra.