Previdência atribui aumento de auxílio doença à pressão do mercado e falta de médico

25/10/2004 - 20h22

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, afirmou hoje que o crescimento do número de beneficiários do auxílio-doença está vinculado à "pressão do mercado de trabalho" e à carência de médicos peritos na Previdência Social. O Brasil tem hoje 1,3 milhão de beneficiários do auxílio-doença. No ano 2000, esse número era de 492 mil.

O auxílio é pago pelo governo a quem fica incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias e, segundo o secretário, até o meio do próximo ano 1500 novas vagas para médicos peritos serão abertas e o problema poderá ser resolvido rapidamente.

"Quando o mercado de trabalho nos anos anteriores apertou e as pessoas se sentiram pressionadas, situações de saúde que em outros tempos não necessariamente levariam a buscar o auxílio-doença talvez tenham feito as pessoas buscarem o benefício", afirmou.

Helmut destaca porém que, apesar da situação econômica do país ter melhorado, "há uma série de outros nós a desatar, como a contratação de mais médicos peritos para a Previdência Social, "para que nós possamos dar conta do volume de exames necessários no tempo adequado".