Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agencia Brasil
Brasília – Nos últimos seis meses, o ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome revisou os cadastros usados como base para a unificação do programas de transferência de renda em torno do Bolsa Família. O objetivo do ministério era verificar se as famílias beneficiadas pela bolsa preenchiam os pré-requisitos exigidos pelo governo federal.
"Esse estudo mostrou que 80% dos cadastros está correto. O trabalho vai continuar para termos ainda mais segurança", revelou o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, logo após a reunião interministerial de criação do Grupo de Trabalho Fome Zero. "Podemos garantir agora que a maior parte das pessoas recebem a bolsa porque precisam."
Principal linha de ação do programa Fome Zero, o Bolsa Família atingiu, em agosto, a marca de 4,5 milhões de famílias beneficiadas. Está previsto um investimento de R$ 5,3 bilhões até o final do ano para que o número de famílias cadastradas suba para 6,5 milhões.
Pelos cálculos do ministério do Desenvolvimento Social, em 2004, o volume de recursos investidos na transferência de renda será 140% superior ao liberado no último ano de gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O ex-presidente desconstruiu o estado brasileiro. Repassou para as Ongs e as Oscips a tarefa de combater a fome e a pobreza", criticou Ananias. "A participação da sociedade é fundamental. Mas só agora um governo assume a responsabilidade pela área. Estamos deslanchando."